Pointless Words
Será isso? Será aquilo? Como eu, neste estado, poderia dizer? Não duvido nada que haja pelo menos uma pergunta por parágrafo neste texto e a pergunta chave talvez seja:
"Porque a indecisão nos confunde tanto e nada do que pensamos parece ser o caminho mais apropriado a seguir?"
Viu só? Um parágrafo em uma pergunta. Mas que ódio... as vezes essa chatisse nos pega de um jeito, que não importa a música que esteja tocando, você não se satisfaz nem com a batida favorita.
Ao pensar no que fazer, em que passo tomar, fico entre a habitual rotina ou a mudança radical, pois vou ter que escolher, já não basta a inquietação, tudo que menos quero é ficar em cima do muro e por favor não me interpretem mal por essa última expressão!
Ah, parece ter surtido efeito! Consegui três linhas sem um ponto de interrogação. Vai pontinho vai... vai pra puta que pariu e não tente me enganar se camuflando dentre minhas palavras que mais uma vez me auxiliam e tentam me salvar de qualquer que seja o dilema em questão!
Palavras e palavras querem sair, mas ainda não se adequam ao que mais almejo: um livro. Realmente, essa é uma das minhas ambições e acreditem, já comecei uns rascunhos aqui e alí, mas nada veio à tona como imaginei que viria, talvez ainda não seja a hora, ou talvez tudo que preciso é cuspir um pouco mais de palavras por aqui, juntar tudo e tentar um dia reler minha própria mente como um livro desconhecido e aí sim me identificar e dizer "Poxa, eu sempre pensei isso!" - Sério? Não diga! - It's your own fucking head, you idiot!
A mente parece abrir aos poucos as portas para minha própria dimensão paralela, sem mesmo a ajuda de anestésicos ou energéticos... A música começa a se adequar à freqüência e eu me transformo num ser pensante sem algemas com a suposta realidade. Mas como poderia tal coisa acontecer? De que forma então eu faria para me fazer ser entendido ou ao menos notado se tudo o que o mundo precisa é de uns pingos nos i's? Aff... E haja pingo!
Luiz Felipe / p4ss0