

“You gotta release yourself, you gotta believe in yourself”. E então as palavras ecoaram em um complexo abstrato, porém influente, permitindo que o óbvio se refletisse em meu interior, assim como no dela. Libertar-se é muito mais que sair correndo, é fixar correntes com seu próprio interior, acorrentar-se aos verdadeiros sentidos e às vezes tudo que se basta fazer é procurar aquilo que te alimenta, achando assim, o seu próprio sentido e só seu, o que na maioria das vezes, o alimento para mais alguém, assim como espero estar sendo.
São sustentos que nunca tomaram forma concreta em lugar algum; que nunca ninguém conseguiu descrever, desenhar, pintar, representar com mais clareza que o próprio sentimento, primeiro que se o conseguissem, já não seria mais o mesmo sentimento, mas algo superior, e como chegar lá se nem esse compreendemos. Talvez não consigamos representá-lo porque nós o somos. Ele nos é. Afinal, quem é quem? Eu diria: não importa, pois agora eu sou eu + vc.
Somos um espelho que uni dimensões e quando estamos dentro desse espelho, nossos mundos deixam de existir para dar lugar ao nosso e só nosso sentido, a nossa razão, o nosso por quê.
Quando lá estamos, o tempo para (talvez não pelo tempo que gostaríamos), mas o tempo necessário para aumentar ainda mais isso ao nosso redor e o melhor de tudo; conseguimos sentir cada centímetro deste nosso espaço, cada partícula desse espaço azul anil e rosa shock, como líquidos diferentes, de mesma densidade que se misturam, tornando um só sem perederem suas propriedades. Pois um nunca perderia o outro, nao mais, ou entao perderiam a si mesmos.
“…and I felt my heart melt, ‘cause I knew I love you more than life itself.” (só para representar o momento de hoje, dentro do nosso espelho)